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sexta-feira, 16 de abril de 2010

LIÇÕES DA BIBLIA

LIÇÕES DA BIBLIA

Lição 12 11 a 18 de dezembro

Geazi: errando o alvo

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Sábado à tarde Ano Bíblico: Filemon
VERSO PARA MEMORIZAR: “Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a Ele somente. Cumpram os Seus mandamentos e obedeçam-Lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele” (Deuteronômio 13:4).

Leituras da semana: Gn 39:4-6; 2Rs 4; 5; 8:1–6; Jr 9:23, 24; Jo 13:1-17; 1Tm 6:10

Geazi era um servo. Não um servo qualquer, mas servo de um dos maiores profetas da história de Israel: Eliseu. Ele tinha sido chamado pelo Senhor para auxiliar o profeta Elias, preparando-se para seu próprio ministério profético (1Rs 19:16). Por muitos anos, Eliseu serviu a Elias e ouviu, observou e, assim, entendeu o que significa ser um profeta. Quando Elias foi levado ao Céu em um redemoinho de fogo (2Rs 2:11), chegou o tempo de Eliseu. Seu ministério não foi tão ardente e fascinante quanto o de Elias, mas ele mostrou uma influência de longo alcance.

Desse modo, Geazi teve a maravilhosa oportunidade de estar associado intimamente a alguém tão abençoado por Deus como Eliseu. É difícil imaginar tudo o que ele poderia ter aprendido e visto nos anos em que trabalhou com o profeta.

Mas, como veremos nesta semana, apesar de tanto potencial e das grandes oportunidades, Geazi se tornou um infeliz fracassado. Sua história serve como exemplo de alguém que é desviado e se torna impossibilitado de fazer a diferença entre o importante e o periférico. Como é importante aprender de seus erros!


Domingo Ano Bíblico: Hb 1–3
Servidão
1. Escreva uma breve descrição da função de um servo, com base nos versos seguintes: Gn 24:2-4; 39:4-6; Lc 14:17; 17:7, 8; At 2:18

Ser um servo significava principalmente que a pessoa punha de lado os próprios desejos, vontade e conforto e se envolvia totalmente na vida de outra pessoa. Um servo existia para ajudar o senhor a executar os planos, desejos e atividades dele, o senhor. Às vezes, ser um servo envolvia levar mensagens, acompanhar alguém, agir em nome da pessoa e executar qualquer tarefa servil necessária. Em outras ocasiões envolvia a administração das finanças e da casa, mas o servo sempre agia não para promover seus próprios objetivos, e sim os de seu senhor.

Geazi era o servo do profeta Eliseu. Ser servo de um profeta era um privilégio sem igual. Envolvia mais que trabalho servil. Era um tipo de aprendizado. O próprio Eliseu atuou como servo de Elias (1Rs 19:19-21). Embora o ofício do profeta dependesse de um chamado divino, pareceria que esse tempo especial de serviço junto ao profeta ajudava o profeta em perspectiva a desenvolver fé e confiança em Deus. Servindo ao seu senhor Elias, Eliseu aprendeu a se pôr de lado e servir aos outros. Essa provaria ser a melhor qualificação para qualquer ministério futuro. Não temos nenhum registro de que Geazi tenha sido chamado, mas veremos as oportunidades que lhe foram dadas.

Essa ideia de servo não está de modo nenhum restrita aos tempos do Antigo Testamento. Jesus disse que a disposição de ser servo era uma condição prévia para qualquer posição de liderança na igreja (Mc 9:35).

2. Qual é a relação bíblica entre liderança e serviço? Jo 13:1-17

Por três anos, os discípulos estiveram com Jesus. Aprenderam de Seus ensinos, até partilharam de Seu ministério de cura, mas não estavam prontos para sair como embaixadores de Deus. Estavam prontos para aprender em teoria e apreciavam a associação com Jesus, mas ainda não estavam preparados para pôr a si mesmos de lado e servir humildemente uns aos outros.

Como podemos obter a necessária humildade e a morte para o eu a fim de servir aos outros? Como aprendemos a servir aos outros com a atitude de não buscar nada em retribuição para nós mesmos?


Segunda Ano Bíblico: Hb 4–6
Aprendizado de primeira mão
Um bom professor ensina por exemplo e dá suficientes oportunidades para que os alunos apliquem o que estão aprendendo. Eliseu era esse tipo de professor.

3. Na história da mulher sunamita, qual foi o papel de Geazi? Que oportunidades lhe deu Eliseu? 2Rs 4:8-17

A história da mulher de Suném descreve outro milagre envolvendo uma mulher. Em 2 Reis 4:1-7, Eliseu ajudou uma viúva a pagar suas dívidas e evitar que seus dois filhos fossem vendidos à escravidão. E agora, Eliseu estava a caminho de Suném. Devido à condição geral das mulheres nos tempos bíblicos, é estranho que o narrador dê tanto valor a uma mulher casada. O nome de marido não é dado. Tudo o que sabemos é que ele foi consultado sobre a construção do quarto de hóspedes e que era idoso, embora ainda parecesse ter forças suficientes para supervisionar a colheita de seus campos. Na primeira parte da história, Eliseu envolveu Geazi ativamente. Ele o enviou a chamar a mulher e incluiu Geazi em sua expressão de gratidão. Pediu a opinião de Geazi e atendeu à sua sugestão. Geazi cresceu na ocasião por ser observador e mostrar sensibilidade às reais necessidades da mulher. Eliseu deu a Geazi a oportunidade de desencadear um milagre. Dentro de um ano, a criança-milagre nasceu.

4. Em comparação com a história anterior, que mudança de atitude teve Geazi? 2Rs 4:18-31

A criança-milagre já era um garoto. Geazi ainda era servo de Eliseu, mas parte da sensibilidade que antes possuía parecia ter desaparecido. Quando a mulher chegou e passou correndo por ele para se lançar aos pés de Eliseu, Geazi tentou afastá-la. Ele só via a “rudeza” da mulher sunamita que, em sua ação, rompia toda convenção social (v. 25-27). Ele não parecia ver sua profunda angústia, como Eliseu via.

Às vezes é fácil ser tão egoístas e centrados em nós mesmos que nos tornamos surdos aos sentimentos e necessidades dos outros. Quem não esteve nas duas pontas dessa equação? Como você pode aprender a ser mais sensível aos sentimentos e necessidades dos outros? De igual modo, como você pode aprender a tolerar graciosamente a insensibilidade dos outros em relação a você?



Terça Ano Bíblico: Hb 7–9
Uma questão de fé
5. Leia 2 Reis 5:1-19 e responda às perguntas a seguir:

a. Por que o rei de Israel reagiu com tanta perplexidade? A reação foi razoável ou irracional? O que ele realmente temia que estivesse acontecendo?


b. Por que Naamã reagiu com tanta aspereza à ordem de Eliseu? Que boas razões ele tinha para sua reação? Como essa reação reflete a reação do rei de Israel ao receber a carta?

c. Leia o verso 12. Que tipo de lógica o capitão usou? Que erro ele cometeu?


d. Como Naamã se referiu a si mesmo diante de Eliseu depois que o milagre aconteceu? O que isso nos revela sobre ele?

e. Por que Eliseu se recusou a receber dinheiro do capitão? Por que seria importante não fazê-lo?

f. Leia cuidadosamente os versos 17-19. O que acontece nessa narrativa? Como podemos entender o pedido e a resposta de Eliseu?




Quarta Ano Bíblico: Hb 10, 11
A queda de Geazi
Às vezes, é difícil, ao menos sob a perspectiva de hoje, entender por que alguns personagens da Bíblia agiram de certa forma, especialmente diante de tantos eventos miraculosos. A incrível cura de Naamã ocorreu justamente à frente de Geazi. Ele viu não só o poder de Deus mas os atos de seu senhor, que se recusou a receber o dinheiro do capitão. Poderíamos pensar que aquele episódio era mais que suficiente para humilhá-lo diante de Deus e dos homens mas, aparentemente, isso não aconteceu.

6. Como Geazi, ao menos a princípio, racionalizou suas ações? Que detalhe de nacionalismo ou preconceito étnico é insinuado nos pensamentos de Geazi? 2Rs 5:20-27

A Bíblia está cheia de advertências contra o amor ao dinheiro e os perigos das posses terrenas. Essas advertências são dirigidas não somente aos ricos. O problema não é a quantidade de posses materiais que temos, mas nossa atitude para com elas. A batalha contra a cobiça exige atenção constante. Precisamos ajustar continuamente os pensamentos com relação às nossas posses e rendê-las a Deus. Podemos manter constantemente a perspectiva doando ao Senhor não só as posses materiais, mas também o tempo. Se não formos cuidadosos, o amor às coisas materiais pode nos cegar quanto à nossa missão e verdadeiro propósito na vida e, no fim, provocar nossa ruína eterna.

É estranho que Geazi tenha jurado a si mesmo pelo Deus vivo e então saísse a enganar. Ele pensava que o Deus vivo não o via? Que testemunho poderoso sobre o poder que tem nosso coração corrupto de nos enganar!

Enquanto isso, Naamã foi muito generoso com os presentes que deu a Geazi, mas provavelmente tenha ido embora com algumas perguntas, especialmente quando seus dois servos voltaram com um relatório sobre o comportamento estranho do servo de Eliseu. Geazi deixou que sua cobiça interferisse com o testemunho que Eliseu queria dar a esse novo converso.

Evidentemente, no fim, o mesmo Deus que operou o milagre revelou a verdade a Eliseu sobre o que Geazi fizera e, assim, seu ministério e sua vida foram arruinados.

É muito fácil minimizar a forte influência que o amor ao dinheiro (1Tm 6:10) pode ter sobre nós. Que exemplos, da história bíblica ou não bíblica, você pode mencionar em que o dinheiro levou alguém à ruína? Como podemos aprender a nos proteger do que pode ser uma tentação muito perigosa?



Quinta Ano Bíblico: Hb 12, 13
Vivendo do passado
7. Ouvimos falar de Geazi pela última vez em 2 Reis 8:1-6. O que estava fazendo o ex-servo de Eliseu?


Muitos anos se haviam passado desde o grande milagre da ressurreição do filho da sunamita. A doença de pele de Geazi não deve tê-lo deixado muito desfigurado, pois o encontramos na corte real. Geazi, ex-servo de Eliseu, estava falando sobre o que havia acontecido. Ele estava se gabando sobre Eliseu e seus milagres e, fazendo assim, é mais provável que estivesse destacando a própria importância por sua ligação com Eliseu.

Talvez nunca tivéssemos ouvido falar dessa sessão de histórias se não fosse pelo tempo exato desse evento. O autor bíblico diz que no momento preciso em que Geazi estava contando sobre o milagre do filho da sunamita devolvido à vida, a própria sunamita apareceu diante do rei. Em Sua providência, Deus usou a jactância de Geazi para ajudar a mulher de Suném. Provavelmente, a mulher de Suném seria, então, viúva, visto que não se faz nenhuma menção a seu marido, e é incomum que uma mulher comparecesse diante do rei em um negócio tão importante em lugar do marido. Mais provavelmente, ela tivesse sustentado a família até que seu filho tivesse idade suficiente. Ela havia estado fora do país por sete anos, durante uma seca severa. Ter as relações certas e conhecer as pessoas certas pode ser importante e considerado vantajoso do ponto de vista humano, mas Deus vê as coisas de modo diferente.

8. Que relação é realmente eficaz, e por quê? Veja Jr 9:23, 24

E então, Geazi desapareceu da história. A parte triste da narrativa é o fato de que Geazi poderia ter feito o trabalho de Deus. Ele poderia ter aprendido de Eliseu. Poderia ter sido o profeta importante seguinte ou, talvez, um líder e professor nas escolas dos profetas. Agora, tudo o que ele podia fazer era falar sobre os bons dias do passado, quando ele havia trabalhado com o profeta. Geazi poderia ter feito história; agora, tudo o que ele podia fazer era contá-la.

Precisamos recontar e relembrar o trato de ­Deus conosco no passado. Mas, ao mesmo tempo, precisamos ser cuidadosos para não nos demorar no que aconteceu no passado, e nos esquecer de viver corretamente o presente. Como podemos alcançar o equilíbrio correto? Como o fato de nos demorar demais no passado pode influenciar negativamente nossa experiência com o Senhor hoje?



Sexta Ano Bíblico: Tiago
Estudo adicional
São solenes as lições ensinadas por esta experiência de uma pessoa a quem tinham sido dados altos e santos privilégios. A conduta de Geazi fora de molde a colocar uma pedra de tropeço no caminho de Naamã, sobre cuja mente havia incidido maravilhosa luz, e que estava favoravelmente disposto para a adoração do Deus vivo. Para o engano praticado por Geazi não podia haver nenhuma desculpa. Até o dia de sua morte ele permaneceu leproso, amaldiçoado por Deus e evitado por seus semelhantes.”

“‘A falsa testemunha não ficará inocente, e o que profere mentiras não escapará’ (Pv 19:5). Os homens podem tentar esconder suas más práticas aos olhos humanos; mas não podem enganar a Deus. ‘Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar’ (Hb 4:13). Geazi pensava enganar Eliseu, mas Deus revelou a Seu profeta as palavras que Geazi havia dito a Naamã, bem como todo pormenor da cena que tivera lugar entre os dois homens” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 252).

Perguntas para consideração
1. Quais são alguns dos sinais de advertência de que o dinheiro ou sua busca está tomando o lugar de Deus em nossa vida? Como podemos aprender a usar o dinheiro e não permitir que ele nos use? Que papel tem o hábito de dizimar e dar ofertas com relação a toda a questão da influência e do poder do dinheiro sobre nossa vida?
2. Como classe, examine cuidadosamente sua resposta à pergunta de quinta-feira. Quais são as coisas que realmente importam à vida, e por que é tão fácil perder o caminho sobre o que realmente importa?
3. Volte para 2 Reis 5:17-19. Que lições devemos aprender ou não devemos aprender do pedido de Naamã a Eliseu sobre prostrar-se na casa de Rimon?
4. Quais são alguns modos práticos de servir aos outros?

Respostas sugestivas:
Pergunta 1: Cuidar da casa, cuidar do rebanho, ser mensageiro de seu senhor.
Pergunta 2: O líder deve buscar atender às necessidades de seus liderados.
Pergunta 3: Intérprete das necessidades da mulher sunamita.
Pergunta 4: Foi rude com a mulher; depois, levou o bordão de Eliseu e o pôs sobre o menino.
Pergunta 5: a) Ele achava que aquela era uma provocação destinada a criar pretexto para uma guerra. b) Sentiu-se desprezado por não ser recebido pessoalmente por Eliseu. c) Para banhar-se, não precisaria ter vindo tão longe em busca do profeta. Não era o rio, era Deus que lhe daria a cura. d) “Teu servo”. Reconheceu a grandeza de Deus. e) Os dons de Deus não são objeto de negócio ou lucro. f) Os antigos criam que cada terra tinha seu deus. Levando o solo de Canaã, Naamã cria poder adorar o Deus verdadeiro sobre a terra de Israel. Naamã pediria perdão quando tivesse que acompanhar seu rei e se curvar na casa do seu deus Rimom.
Pergunta 6: No raciocínio dele, aquele estrangeiro deveria ter pago uma espécie de “tributo” ao profeta.
Pergunta 7: Ele estava se vangloriando das proezas de Eliseu.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

HISTÓRIA DO VENDEDOR DE BALAS DAVID.

Como Surgiu?


David Portes é definido como um dos maiores consultores palestrantes na área de marketing e vendas do Brasil, onde é citado pelo americano Philip Kotler, maior autoridade em marketing do mundo.



Mesmo cursando apenas até a 7ª série, David demonstra grande conhecimento na área de marketing. Suas estratégias são tão eficazes que, há algum tempo é requisitado por empresas e universidades para dar palestras sobre o assunto.



Aprovado pelo seu talento e sucesso como palestrante, David já realizou mais de 600 palestras para várias empresas e ainda concede inúmeras entrevistas à mídia nacional e internacional.

Em palestra intitulada “Uma Lição de Vida e Marketing”, David explica como criar diferenciais para fugir do comum. Também ensina a conquistar e manter clientes com boa publicidade e utilizar com eficácia o conhecido “marketing boca-a-boca”.



Cada palestra tem duração de 1h 40min e possui dinâmicas em grupo, além de sorteios de valiosos prêmios.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O poder da experiência

O poder da experiência


“A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce”, já dizia Salomão. De fato, para uma alma sedenta, um simples “bom dia” faz o dia. Porém, quando essa mesma alma está farta, pode desprezar as mais belas e ricas palavras de amor e sabedoria. É o poder da experiência. Não por acaso, é pelas chamadas “experiências” que a ciência comprava, empiricamente, suas teorias. Walter Benjamin conta, em A Omelete de Amoras, que certa vez um rei, com todos os poderes e tesouros da Terra, se sentia infeliz e a cada ano ficava mais melancólico. Um dia, chamou seu cozinheiro e disse: “Quero que você me dê uma última prova de sua arte. Você deve me preparar uma omelete de amoras igual àquela que eu comi há cinquenta anos, na infância. Naquele tempo, meu pai tinha perdido a guerra e nós fugimos, viajamos dia e noite pela floresta, e acabamos nos perdendo. Famintos e cansados, chegamos a uma cabana onde morava uma velhinha que nos acolheu. Preparou para nós uma omelete de amoras, quando a comi, fiquei maravilhado: a omelete era deliciosa e me trouxe novas esperanças ao coração. Na época, eu era criança e não dei importância ao fato. Já no trono, vasculhei todo o reino, porém, não a localizei. Agora, quero que você faça uma omelete de amoras igualzinha. Se você conseguir, eu lhe darei ouro, será meu herdeiro e sucessor no trono. Se você não conseguir, entretanto, mandarei matá-lo.”



Então, o cozinheiro falou: “Senhor, pode chamar o carrasco. Conheço todo o segredo da preparação de uma omelete de amoras. Conheço as palavras mágicas que devem ser pronunciadas. Mas não me impedirá de ser executado, porque a minha omelete jamais será igual à da velhinha. Ela não terá o sabor picante do perigo, a emoção da fuga, não será comida com o sentido alerta do perseguido, não terá a doçura inesperada da hospitalidade calorosa, não terá o sabor do presente estranho e do futuro incerto.” O rei ficou calado durante algum tempo. Não muito mais tarde, consta que o rei lhe deu muitos presentes, tornou-o um homem rico e despediu-o do serviço real.



É o poder da experiência. Muitos ateus criticam os teístas e vice-versa. Cada um com sua verdade estabelecida e defendendo seu ponto de vista que sempre, sempre será subjetivo. Questão de perspectiva. A “letra mata, mas o espírito vivifica”, assim sendo, cada indivíduo lerá o mundo e o entenderá de acordo com o “estado de espírito” que lhe foi dado. Para cada um haverá “uma omelete de amoras” e sua percepção será mudada pelas experiências por que passou. O ser humano é racional, porém, mesmo a racionalidade está transpassada pela subjetividade de cada pessoa. Essa afirmação não é de teoria teísta, mas de ateus. Não somos computadores ou máquinas, somos seres humanos. Muitos ateus ainda se converterão, e é possível que muitos teístas mudem seu caminho.



O que determinará tal escolha? A experiência e a perspectiva escolhida em relação a ela. Muitos consideram o Cristianismo uma imposição do imperador Constantino por interesses políticos e que, portanto, seria mais uma farsa da fé. Essa é uma perspectiva. Se a Bíblia foi escrita por homens, todo e qualquer enunciado também foi. Consequentemente, sua credibilidade não está abaixo de qualquer documento histórico-científico, afinal, este também foi escrito por homens, com técnicas de homens. Por que a Bíblia é vista como uma grande mentira e os outros documentos como verdades absolutas? Porque, segundo dizem, foi um livro compilado por pessoas com interesses escusos? E os outros documentos, mesmo os que rebatem a Bíblia, estão isentos de interesses escusos, imaculados e ilibados de intenções subjetivas? Essa é uma perspectiva, e uma teoria que pode ou não ser creditada.



Então, será que Deus realmente não existe e somos levados por impulsos pessoais e desequilíbrio emocional a “inventar” um Deus invisível para nos sentirmos amparados por mãos que não vemos? Para os ateus, essa é a verdade racional e óbvia (embora não seja plausível pensar que os crentes sejam pessoas desequilibradas emocionalmente, todo ser humano passa por momentos de desequilíbrio, independentemente do seu credo). E os teístas, podem criticar isso? Não. É questão de escolha, perspectiva, fé. Evidências? Sim, há evidências e discursos muito bem elaborados por teístas e ateus. De qual lado ficar? Questão de perspectiva. Agnósticos, ateus e teístas são os mesmos humanos com seus erros, acertos, com sua fé direcionada a caminhos diferentes.



Se os teístas são “melhores” do que os ateus e com melhor conduta? Não. “Examine o homem a si mesmo”, há muitos ateus honestos e honrados que, embora não acreditem em um ser Superior, possuem fé em valores Superiores, na ética moral, na filosofia humanista. Da mesma forma, há “cristãos” que, embora acreditem em Deus, são corruptos e hipócritas, como os fariseus da época de Cristo, para vergonha do evangelho. Não há separatismo nem generalizações, não deve haver. Cada homem é único e responde por suas atitudes, crenças e condutas. Cada homem busca felicidade a sua maneira. Por que, então, os cristãos teimam em converter os ateus? Porque descobriram um caminho, porque comeram uma “omelete de amora” e gostariam de dividir com todos. Os ateístas, por sua vez, acreditam que estamos cegos e tentam nos mostrar a luz, nos tirar da caverna da fé teísta para a fé ateia. Esse tem sido, talvez, o grande erro de teístas e ateus: a digladiação. Seja como for, ambos querem se ajudar, mas nada nem ninguém poderá substituir o poder da vivência pessoal.



Evidente que nos falta sabedoria em muitos momentos, não percebemos a força da experiência e o quanto ela é fundamental. O apóstolo Paulo jamais teria sido quem foi se não fosse a experiência pela qual passou quando se dirigia a Damasco. Muitos se converteram porque receberam um milagre, que os ateus atribuem a causas naturais. Muitos se tornaram ateus porque foram desrespeitados ou molestados por religiosos e, inconscientemente, culpam a Deus ou à inexistência dEle, ao invés de culpar o próprio homem pelas suas condutas deploráveis. Cada um escolhe o ângulo para observar o mundo, escolhe seu caminho. Será ateu, agnósticos ou teísta de acordo com uma experiência, uma perspectiva. E mesmo aqueles que dizem seguir simplesmente a razão, há uma razão subjetiva para as escolhas objetivas. Freud, um grande ateu, dizia que “o homem é cego diante do próprio desejo”, seja ele qual for, teísta ou não.



(Elisabete Ferraz Sanches, professora graduada em Letras pela USP, pós-graduada em Português: Língua e Literatura pela UniSant’Anna e mestranda em Literatura Brasileira pela USP)



Leia também: "Dissonância cognitiva: um obstáculo à verdade"

Marcadores: ateísmo, religião

Postado por Michelson às 11:11 PM

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ADVENTISTA E A COCA-COLA

Adventistas e a Coca-Cola


Tags: adventista cafeína coca-cola

Na revista Adventist World saiu um artigo explicando a posição da igreja sobre a cafeína. Respodendo à pergunta se a igreja mudou sua posição sobre a cafeína.



Os autores Allan R. Handysides e Peter N. Landless, ambos do Ministério da Saúde da Associação Geral da IASD, escreveram: “Não, a igreja não mudou sua posição na questão do chá, café e outras bebidas que têm cafeína”.



Nos regulamentos Eclesiásticos-Administrativos da Associação Geral da IASD de 2007/2008, página 293, lemos o seguinte: “É desaconselhado o uso do café, chá e outras bebidas que contêm cafeína e qualquer substância prejudicial”. No artigo também é citado os problemas causados por refrigerantes e bebidas energéticas que contém cafeína, algumas em quantidades igual e até maiores que o café. E você, o que pensa sobre este assunto? Quais bebidas na sua opinião se enquadram em outras bebidas que têm cafeína?



Coca-Cola



Uma declaração do recém eleito presidente da Bolívia, Evo Morales, colocou a sociedade em choque por revelar que uma das bebidas mais consumidas do planeta pode fazer uso de uma planta proibida pela comunidade internacional. Evo Morales em entrevista a BBC de Londres revelou que os EUA são o principal comprador de 99% das folhas de coca comercializadas legalmente na Bolívia.



A política anti-drogas



A controvérsia do mais novo presidente das Américas vem do fato de que a multinacional Coca- Cola que fabrica os refrigerantes, tem livre comercio e uso das folhas, e a Bolívia que detêm a produção e comercialização, é limitada e hostilizada ao tentar comercializar para benefício próprio.



Descendente de índios e eleito para ser um presidente populista, Evo Morales não se conforma que a empresa de refrigerantes tenha privilégios de ter a folha de coca na composição do xarope que compõem a base da bebida e seja restrito para outros usos. A empresa norte-americana diz já ter retirado o alcalóide (cocaína) das folhas, ao usá-las para composição de aromatizantes no refrigerante.



“Segundo dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, existem hoje três empresas no país autorizadas a importar folhas de coca; uma delas, Stepan Chemical, é responsável desde 1903 pela fabricação, para a Coca-Cola, de um aromatizante incluído na fórmula do refrigerante”. “Esta demanda americana pelas folhas de coca é alimentada pelo uso da planta como base para a fabricação de um aromatizante utilizado na preparação da Coca-Cola.



O aromatizante é obtido após a retirada do alcalóide cocaína, para garantir que o produto final não tenha nenhum traço da droga. A utilização da coca como base para aromatizantes é permitida graças à existência de um artigo específico na Convenção Única das Nações Unidas sobre Narcóticos, de 1961, que diz que o uso de folhas de coca deve ser permitido “para a preparação de agente aromatizante, que não deve conter nenhum alcalóide” e que “na medida necessária para tal uso” deve ser permitida a “produção, importação, exportação, comércio e posse de tais folhas”.



A invenção do refrigerante



Formulada por um farmacêutico que manipulava formulas medicinais, o xarope tinha como objetivo ser um remédio para as dores de cabeça dos clientes; o copo do xarope era misturado a água carbonada e vendido a 0,05 centavos no balcão da farmácia de John Pemberton, o farmacêutico de Atlanta. O nome do xarope é batizado de Coca-cola, embora ninguém afirme que a formula medicinal manipulada por Pemberton, contivesse o extrato das folhas de coca; vindo de um farmacêutico, era de se esperar que o medicamento possuísse em seu nome, a especificação do ‘santo’ remédio…



No século 19 a cocaína foi descoberta por Wohler em 1860, médico que procurava um anestésico local para substituir a morfina, depois disto a cocaina era sugerida pelos médicos para ser utilizada em consultórios dentários e oftalmológicos. Pemberton, o farmacêutico, queria um anestésico para as dores de cabeça, e a ultima novidade era a cocaína, que sem restrições como há hoje em dia, pode ter sido utilizada na formula do xarope da Coca-cola.



Discussões a parte, o quadro alimentar que se projeta diante deste fato é que o consumidor se vê em uma incógnita tremenda; o refrigerante mais consumido no mundo se encontra com uma sombra sob sua imagem. Estima-se que a cada 10 segundos, 126 mil pessoas tomam um dos produtos da Coca-Cola. Embora a empresa afirme que as folhas de coca são utilizadas apenas como aromatizantes, e passam por um processo de retirada do alcalóide, os químicos relatam que a extração de alcalóides das folhas, não ocorre em um processo 100% e que um baixo percentual permanece nos extratos; o mesmo acontece para alcalóides como a cafeína que passa pela extração da droga para compor os cafés descafeinados.



Porém a empresa divulgou o seguinte edital: “A Coca-Cola é um produto autorizado em mais de 200 países com o aval dos mais rígidos e conceituados órgãos de segurança alimentar; de fiscalização sanitária e de saúde. No Brasil, todos os produtos da Coca-Cola estão registrados no Ministério da Agricultura. A concessão do registro representa a chancela do Ministério quanto à segurança da fórmula; da produção e das condições de higiene, de acordo com a legislação brasileira.



O Ministério da Justiça no Brasil, através do Instituto Nacional de Criminalística, concedeu laudo atestando, após minuciosa análise, que não existe nenhuma substância entorpecente ou psicotrópica na Coca-Cola. Esse estudo foi feito no ano de 2000, ocasião que, mais uma vez, veio à tona essa falsa alegação. Talvez esse folclore surja por conta da não revelação da fórmula do produto. Trata-se de um dos segredos industriais mais bem guardados do mundo, trancado a sete chaves desde 1886”.



É uma formulação energizante, se houvesse possibilidade de estar na composição básica do refrigerante, os efeitos da substância cocaína, seriam a dependência da bebida, onde o consumidor seria levado a sempre dar preferência pela marca, haveria também um estado de revitalização energética, agitação e euforia. Como a possibilidade da composição pode ser baixa, estes efeitos seriam brandos no consumidor. Além da composição do xarope incluir o subproduto das folhas de coca, o refrigerante também possui a cafeína; uma porção de 200 ml (copo) de Coca-Cola, por exemplo, contém 19 miligramas (mg)de cafeína. Além disso, o refrigerante também leva entre 10 a 12 % de açúcar. Isso equivale a 240 gramas de açúcar na tradicional garrafa de 2 litros.



Parafraseando o slogan da empresa – Coca-Cola é isso ai… !



Emerson Nolasco

www.emersonnolasco.blogspot.com




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